terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Florbela, florbela...

Nasceu o “Palpiteira”, finalmente!!! Há tempos queria criar um blog, mas ia sempre adiando, adiando...
De hoje não passa!!! E ia passando....os dias ...os meses...
Ah não!! CRIA VERGONHA NA CARA GURIA!! Aí criei né, vergonha e o tal blog prometido.

Para inaugurar essa página fofa (toda rosinha, a minha cara!), ofereço aos leitores uma poesia de Florbela Espanca. Florbela de Alma da Conceição, para quem não conhece, foi uma poetisa portuguesa. Precursora do movimento feminista em Portugal, teve uma vida tumultuada, inquieta, transformando seus sofrimentos íntimos em poesia da mais alta qualidade
.


Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder ...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não vos digo ainda ...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

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